A gestão de riscos é um tema fundamental para quem trabalha e produz no agronegócio brasileiro. Toda a atividade humana está sujeita a riscos e, com a agrícola, não é diferente. Uma maneira simples de investir nesse aspecto em sua propriedade rural, é entender como a gestão funciona e conhecer as maneiras de aplicá-la em sua propriedade.
A atividade agrícola envolve fatores que são altamente arriscados e, por isso, devem ser uma preocupação de todos envolvidos no agronegócio: produtores, consultores técnicos, distribuidores e outros. Entre eles estão:
Por ser um setor que opera predominantemente a céu aberto, a dependência dos riscos climáticos é uma das maiores na agricultura. A maioria dos riscos nem sempre podem ser evitados, pois são atrelados à atividade. Mas, podem ser mitigados.
É para este fim que existe a GESTÃO DE RISCOS: estudar as atividades e ações que podem prevenir ameaças ou diminuir seus impactos caso se concretizem. O estudo começa no mapeamento dos tipos de riscos envolvidos na atividade agrícola. Podemos citar:
Riscos ligados à produtividade:
Consideramos essa categoria quando o clima adverso prejudica a safra, mesmo que o produtor tenha feito tudo corretamente no manejo. São eles:
Riscos ligados ao preço:
Como a cadeia do agronegócio tem um papel grande na economia brasileira e mundial, as oscilações de preços dos commodities ou insumos, de armazenamento e de transporte podem trazer perdas ao produtor, como nos casos abaixo:
A gestão de riscos pode conter essas situações através da mitigação. É importante lembrar que a administração dos riscos não existe apenas para quando tudo dá errado. Uma gestão bem feita também é mais do que útil quando tudo vai bem na produção.
E, se o produtor rural e sua lavoura estão seguros, toda a cadeia produtiva do agronegócio se mantém sustentável. O produtor é a peça central neste ciclo, pois ele adquire insumos, sementes, adubo, máquinas, defensivos e tudo que for necessário para que sua lavoura apresente resultados satisfatórios, movimentando a indústria que cerca uma produção agrícola.
Depois, essa produção é enviada para o mercado e abastece uma grande parte da população, seja com alimentos ou com derivados para a fabricação de outros produtos. Entretanto, uma parte desta produção é voltada para a indústria, em forma de pagamento, totalizando o ciclo e mantendo o agronegócio estável.
Portanto, é preciso que a gestão de riscos atue na manutenção da sustentabilidade econômica do agronegócio, se valendo de algumas estratégias. Entre elas, podemos citar:
ANTES DO RISCO
Estratégias para combater e reduzir os riscos como cuidados com o solo ou com a matéria orgânica, janelas de plantio, plantio escalonado, mais conhecimento e melhor manejo da lavoura, sementes mais resistentes ao clima adverso e estruturas de irrigação que combatem riscos de estiagem.
DEPOIS DO RISCO
Estratégias para amenizar o impacto da perda como plantio de duas ou até três safras no mesmo ano, diversificação de culturas e áreas de plantio, seguro agrícola, venda antecipada, entre outras.